28 de setembro de 2009

"MINORIA CRIATIVA", DA IGREJA CATÓLICA, INFLUENCIARÁ!.

Igreja influenciará se for “minoria criativa”, assegura PapaExplica em uma conversa com jornalistas
Por Jesús Colina
PRAGA,
domingo, 27 de setembro de 2009 (ZENIT.org).
- Bento XVI está convencido de que a Igreja Católica poderá incidir no debate público na medida em que seja uma “minoria criativa”. Foi o que o pontífice explicou aos jornalistas que o acompanhavam na manhã desse sábado no vôo papal, de Roma a Praga, ao responder a cinco perguntas que haviam sido recolhidas previamente pelo padre Federico Lombardi S.J., diretor da Sala de Informação da Santa Sé.
Uma das perguntas constatava que a República Tcheca, nação que o Papa visita entre 26 e 28 de setembro, é “um país sumamente secularizado onde a Igreja Católica é uma minoria”.
“Eu diria que normalmente as minorias criativas determinam o futuro e, neste sentido, a Igreja Católica deve compreender-se como minoria criativa que tem uma herança de valores que não são algo do passado, mas uma realidade muito viva e atual”, assegurou o Santo Padre.
“A Igreja deve estar presente no debate público, em nossa luta por um autêntico conceito de liberdade e de paz”, afirmou. O Santo Padre considera que a contribuição da Igreja deve acontecer em três níveis: intelectual, educativo e caritativo.
Ao abordar o primeiro nível, “o grande diálogo intelectual, ético e humano”, destacou em particular “o diálogo intelectual entre agnósticos e crentes”.
“Ambos têm necessidade do outro – sublinhou: o agnóstico não pode contentar-se com não saber se Deus existe ou não, deve estar em busca e experimentar a grande herança da fé”.
Por outro lado, acrescentou, “o católico não pode contentar-se com ter fé, deve estar em busca de Deus, e mais, no diálogo com os demais volta a descobrir Deus de maneira mais profunda”.
Ao abordar a contribuição católica no setor eductivo, o pontífice constatou que “a Igreja tem muito que fazer e dar, no que se refere à formação”.
“É um problema comum a todo Ocidente: a Igreja tem de atualizar, abrir ao futuro sua grande herança”, reconheceu.
Ao apresentar o desafio da caridade, o Papa recordou que “a Igreja sempre a teve como sinal de sua identidade: sair em ajuda aos pobres, ser instrumento da caridade”.
Como exemplo deste trabalho, o bispo de Roma apresentou a Cáritas, que “faz muito nas diferentes comunidades, nas situações de necessidade, e oferece muito também à humanidade que sofre nos diferentes continentes, dando assim um exemplo de responsabilidade para os demais, de solidariedade internacional, que é também condição para a paz”.
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