25 de maio de 2009

Não precisa contar as conchinhas da praia!

C O R DEL

Bia!
Não precisa contar as conchinhas da praia!
Já és importante para o mundo.



Caramba! Como foi difícil relatar,
Começar este cordel
Mais fácil seria narrar
Sobre os políticos rotos a granel
Porém o mote de que falo
Pregará seus “óios” neste papel
-o-
Falo da beleza do amor
Da pureza do carinho
Da sutileza do olhar
Do vôo belo do passarinho
Resumo o mote nesta frase:
“que Carisma, vem do ninho!”
-o-
Pensas tu, de quem ele fala?
Já! Já! Saberás a razão de ser
Das palavras que te digo é “nata”
Que sempre a pessoa tem que ter
A meiguice no viver, desde a data
Que nasce e o mundo passa a ver
-o-
Passei dias matutando solitário
Em tudo que pudesse traduzir
A beleza que em pouco horário
Encheu-me de paixão, pois vi luzir
Na minha humilde casa, meu erário
Um anjo, de todo coração florir
-o-
Um “anjo” posto que é raridade
Em sua casa, divindade incandescer
Em sorrisos, palavras me dizer:
“-Sua casa é linda!” falou com bondade
De um mocambo que não chega a ter
O molde de espaço adotado desta cidade
-0-
Um “AP” verdadeira antiguidade,
Mas forte e seguro em sua base
Todo reformado, digo “quase”
Que amaria receber na afetividade
Visita feliz que aqui cruzasse
Mesmo que magro tempo ficasse
-o-
Mas não é o apartamento o mote,
Quem nele esteve, sim, é a razão
De me ater com sede neste pote
Que não tem água para matar a sede trivial
Tem água sim que rega o coração
Água pura que sacia a dor de qualquer mortal
-o-
Te falo sim, de uma linda menina
Que desde pequenina, já reluziu
Foi presente que Deus disse: combina
com Ugo e Stael, isso logo ele viu
E mandou que todos consumassem
Seu desejo que tem por que e se destina
-o-
Veio lá “da” Brasilia, a “federal!”
“Terra de candango lutador”;
Para minha casa, alegrar o dia
Pois em tudo seu olhar angelical
via o belo, que está nos olhos de quem “espia”,
tecia seu comentário, com astúcia imparcial
-o-
Quando aqui chegou, Recife se esbaldou
Tanta afago da família, beijo aqui beijo acolá
tantos abraços que nem deu pra contar
o brilho de seu sorriso, a muitos cegou;
Pois sua aura, limpa e verdadeira veio de lá
É agora nossa luz que o tempo não apagou.
-o-
Tinha que ter no nome a grandeza do Brasil
Suas matas, seus mares, seu céu cor de anil
Grande também é sua pureza, terna e gentil
Jamais perderá sua majestade ainda juvenil.
Por isto estou declamando para quem partiu;
Infeliz o Pernambucano que de perto, não a viu.
-o-
À mesa de jantar depusemos a conversar
Vendo algumas folhas de papel e o lápis de cor,
Pergunta boba nos fizemos,- vamos desenhar?
bastou pouco tempo, pra uma casa ilustrar
Não era nenhum Galdi, mas a pequena ali
Exaltou o traçado e começou a gargalhar.
-o-
Cativante sorriso notar pude de perto
Empolgado com sua felicidade aprendiz
Dediquei-lhe um botão de rosa por certo
Pétala vermelha com folhas verdes de giz
Até a dedicatória, meu coração desperto
No momento crucial enunciou como quis.
-o-
O que me admirou, no comentário da pequena
Foi a simplicidade de uma deusa grande
Que sabendo não ser uma obra de arte serena
Coroou a minha dedicação ora brincante
Comentando sobre a “arte” quase um rabisco
Com a clareza tranquila de uma coadjuvante
-o-
Entendedora astuta do assunto
Seus olhos brilharam sorridentes
Ao receber do “tio”, ali junto
Aquele Tão gracioso presente
Busquei ar lá bem no fundo
Quase chorei feito demente
-o-
Pois é.., longos meses se passaram
Aquela cena ficou cravada no “miolo”
Muito já pensei depois que viajaram;
a saudosa cena gravar, seria meu consolo
tenho nas distancias que muitos silenciaram
a esperança de revê-la breve e sem choro.
-o-
Dos “Braga´s” de Recife, não me nego a garantir,
De “Binha”, É a mais linda e mais nova das netas,
As outras também são lindas, posso admitir
Pode por as fotos na parede apontando as setas
Dizendo ser elas, belezas certas a seguir
Pois no caminho são simpáticas e discretas
-o-
Dos “Brasi´s” lá de Brasilia não posso conjecturar
Mas na genética que veio da mãe, definiu a obra de Deusl
Assim é Beatriz Brasil Braga e o homem não pode alterar
Além de esculpida pela mão divina, amando todos os seus
Irá pela vida afora, sem a ninguém consternar
Pois é dotada de meiguice, uma sinfonia de “Amadeus”
Assim Bia, este cordel posso terminar.
-o-
Mas antes do fim, ainda me sobram cinco linhas
Para te dizer, que muito admiro teu viver,
Cativaste todas as emoções que são minhas
Continue sempre amando os que vão te ver
Porque na praia, até as pequenas conchinhas
São importantes para o mundo mover.

fim

Valter Gomes