9 de julho de 2007

CONTENDA DIÁRIA


Calando a voz do meu contendedor;
no silêncio, menor vertice vetor.
No passo trôpego, a direção, meta torpor.
No medo acuado, em um canto mentor;
tudo posso, menos mesclar o branco na cor;
degradando o tom, pois desmancho o criador.

Calando a voz do meu alvoponente;
decreto a piedade; correr o vento na mente,
que mente, o som do grito clemente.
No medo ponteado; perdão peço somente.
Nada posso! se posso, meu braço dormente,
acusando a peste, dominio no corpo ausente.

Minguando forças, selencio a batalha,
nas esquinas, sinais vermelhos; sentidos de febre,
no olhar esmorecido, querente, mas descrente...
nos atalhos de beco, na muralha fumê;
nas pontes sobre rio seco;
No piso de piche, no escuro …à mercê.


Valter Gomes

Um comentário:

Anônimo disse...

na proxima vida quero ser poeta!!! assim bom feito vc.